terça-feira, 31 de outubro de 2017

Segundo Capítulo de "Encontro com o Passado"

Olá, Pessoal!
Desejo-vos uma boa leitura!

Capa do segundo livro


Capítulo 2

Excerto/trecho do segundo capítulo

Excerto/trecho do segundo capítulo

Dias depois, a Diana já tomava o pequeno almoço quando chamou a irmã.
– Ana, se chegas tarde ao primeiro dia de aulas, ficas de castigo.
– Ainda não é tarde, Diana. Deixa a tua irmã. – Pediu a Sofia, que tomava o pequeno almoço com ela, o marido José e o padrinho da filha, Bernardo.
– As duas devem estar a conversar. – Falou o Bernardo.
– Eu queria ainda levar a minha afilhada à escola, mas se a Ana não se despachar não poderei fazê-lo. – Queixou-se a Diana.
– Deixa isso, eu levo a Angelina. – Ofereceu-se o Bernardo.
Tanto Bernardo como Diana tinham passado a última noite das férias da Ana Martins em casa de Sofia e José. Bernardo e Diana tornaram-se padrinhos de Angelina, que hoje já era uma mulher. A criança, hoje, já tinha passado dos vinte anos.
– Eu é que sou o pai, mas os padrinhos é que a levam à escola. Vá-se lá perceber! – Brincou o José.
– Tu trabalhas muitas horas, José, para mim e para a Diana não custa nada.
– Eu não deixo de ficar preocupada contigo, Diana. Vais voltar para a escola onde tudo se passou? – Perguntou Sofia.
– Sou detetive, Sofia. É a minha obrigação.
– Mas depois de tudo o que aconteceu? Tu sabes que aquele 9º ano foi horrível. A Mafalda morreu e a Angelina... – Sofia fez uma pausa. A Diana interrompeu.
– Eu só vou descansar quando descobrir quem está a fazer estes homicídios. Aí estarei em paz!
O José levantou-se da sua cadeira e vestiu o seu casaco, o Bernardo seguiu-o.
– Tem cuidado. Tens a tua irmã na escola. Não vais querer perdê-la.
– Eu sei, por isso é que eu não posso falhar.
– Bem, a Márcia não pode ser porque está morta. – O José ficou calado. Não era a melhor frase para se dizer.
Nesse momento, chegam Ana e Angelina.
– Estamos prontas. Diana, podemos ir. – Quando Diana ia responder, o seu telemóvel toca. – É o meu colega João. Tenho que atender. Vai indo para o carro, Ana.
A irmã bufou e encaminhou-se para fora de casa despedindo-se da Angelina e dos amigos da Diana. A Diana atendeu a chamada.
– Estou, João... Sim, estou a sair de casa. A Ana foi buscar as fichas dos alunos... Não posso, estou com a minha irmã ainda a sair de casa... Falo contigo e com o Hélder quando puder. Até depois. – Ela desligou. – Vou ter que ir. – Levanta-se da cadeira e veste o casaco.
– Boa sorte, Diana. Não deixes a tua irmã sozinha. – Preveniu Sofia, abraçando a amiga.
– Não vou deixar a Ana sozinha e se eu não estiver com ela, a minha colega Ana estará. Nós vamos estar as duas infiltradas na escola. – Ela despediu-se do José, do Bernardo e da afilhada. – Até logo.
A Diana sentiu frio quando saiu de casa e dirigiu-se para o carro. Estavam perto de 10 graus àquela hora da manhã. A detetive ouviu a irmã assim que entrou no calor acolhedor do carro.
– Por tua causa vamos chegar atrasadas.
– Não vamos chegar atrasadas. Se chegássemos a culpa seria tua que não te preparaste cedo.
Ana mudou de assunto. Não conseguia irritar a irmã com a sua falta de pontualidade.
– Vai ser estranho ver-te na escola.
– Também a mim.
– Tu não estás na escola. Vai ser estranho eu ver-te lá.
– Eu era aluna.
– Tu já foste aluna. Para quem é detetive, o português está péssimo.
– Para quem é católica, adora falar dos erros dos outros. – Respondeu Diana, à altura.
– É gosto muito, não é adoro. – Advertiu Ana.
– As palavras são sinónimas.
– És horrível!
– Somos irmãs. Está no sangue de ambas. Está bom para ti este português?! – A Diana já brincava com a situação enquanto a Ana continuava chateada com o erro da irmã.
– Gostava de ter resposta rápida como tu.
– Devias ter tomado atenção às aulas de Filosofia. Os professores dessa disciplina ensinam uma coisa chamada retórica. É uma disciplina que vais precisar para a tua vida futura. Uma das poucas.
– Já percebi. – Ana fez uma pausa – Vais para a escola para me proteger. Admiro-te.
– Sou tua irmã. É minha obrigação proteger-te. E como detetive, é minha obrigação tentar proteger toda a gente.
– O Pedro está na turma. – Informou Ana.
– O Magalhães? – A irmã confirmou.
O Pedro Magalhães é filho de uma colega da Diana na altura do ensino secundário. Além da família e dos colegas de trabalho, o Pedro também sabia que a Diana estava infiltrada naquela escola para descobrir o famoso 666, o nome que a comunicação social dava ao assassino daquela escola. Escola essa onde Diana completou o seu ensino básico.
– Estás otimista para encontrar o tal 666? – Inquiriu Ana.
– Sim, mas tens que ter muito cuidado. Não se sabe quem é esse tal 666, mas é muito perigoso. Mesmo sem saberes até podes estar a falar com ele.
A Ana estremeceu.
– Tem calma! Eu e a Ana estamos por perto. Não vamos deixar que nada aconteça a ti e aos teus colegas. E lembra-te: Ninguém sabe que somos irmãs. Somos vizinhas.
– Tenho tudo controlado.
– O teu controlo é algo a desejar, mas não destruas tudo.
A Diana e a Ana chegaram à escola e tentaram arranjar um lugar para estacionar o carro. Quando deixaram a viatura em segurança, saíram do automóvel e encaminharam-se para a escola. Passaram pelos corredores e chegaram à sala onde ocorreria a primeira aula. Ana afastou-se da irmã quando viu os colegas. Diana olhou para Ana à espera de uma explicação.
– Eles são os meus colegas do 11º ano.
Diana viu a colega Ana Rodrigues a aproximar-se da sala e foi falar com ela.
– Tens as fichas deles? – Sussurrou.
– Sim, tenho tudo, mas queria que soubesses que o Hélder também se infiltrou aqui na escola.
– Porquê?
– Esta turma tem muitos grupinhos. Acho que entendes pela tua irmã. Quando andávamos na escola também era assim. Não éramos amigos de toda a gente. Lembras-te quando estavas nesta escola, ou não?
– A escola mudou um pouco a aparência. E lembro-me de ter tido grupinhos na minha turma de 9º ano quando aqui estava. Se bem que no final do ano fizémos um grupo apenas. Pena que hoje não tenho contato com todas as pessoas da turma, só com os pais da minha afilhada e o padrinho dela.
A Diana perdeu-se em memórias. O seu grupo do 9º ano que via muito CSI e achava piada às mortes de professores. E os outros grupos que pareciam de pessoas com pouco em comum com o deles. A campainha soou, despertando-a. A primeira aula ia começar. Aula de português. Com alguém que a Diana conheceu. A antiga colega de turma. Patrícia.

Espero que tenham gostado.

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Primeiro Capítulo de "Encontro com o Passado"

Olá, Pessoal!
Desejo-vos uma boa leitura deste primeiro capítulo!

Capa do segundo livro

Capítulo 1

Excerto/trecho do primeiro capítulo

O Gonçalo chegou a casa depois de mais um longo dia de trabalho. Deu um beijo à mulher e perguntou como ela estava.
– Estou bem. – A expressão no rosto dela dizia o contrário e o marido entendeu – Sim, Gonçalo, não estou bem. Senta-te. – A mulher já estava sentada no sofá quando ele chegou a casa. Ele sentou-se. – Tive colocação numa escola para este novo ano lectivo.
– E isso não é bom?
– Não, Gonçalo. Eu conheço a escola. Nós conhecemos a escola.
– Estás a deixar-me nervoso, Patrícia. Qual é a escola?
– A nossa escola do 9º ano.
Ele ficou uns segundos calado. Foi a Patrícia a continuar a conversa.
– Aquela escola. Aquela escola que tantas memórias me dá. Foi lá que a minha irmã morreu.
– Tu vais aceitar?
– Claro. Não vou ficar no desemprego.
– Mas aquela escola continua a ser problemática. Ainda ocorrem assassinatos.
– Eu sei, mas o meu trabalho é mais forte do que o meu medo. E o medo eu já tinha no meu 9º ano.
– Só espero que tenhas cuidado.
– A escola precisa de uma professora de português e é isso que eu sou. Não posso ter medo.
– Eu sei, mas quero que tenhas cuidado.
– Eu terei. – Prometeu.
Patrícia é professora vinte e um anos depois. Nunca foi professora efectiva e, por isso, já trabalhou em várias escolas. Casou-se com Gonçalo, o seu namorado no final do seu 9º ano, no 2º ano da sua faculdade. Só teve direito à sua lua de mel depois dos estudos. Gonçalo conseguiu estudar hotelaria e turismo e abriu vários restaurantes de Norte a Sul do país. O trabalho incerto de Patrícia leva-o a viajar para outras cidades. É difícil para ele, mas entende o trabalho da mulher. Para Patrícia, a morte da irmã gémea Mafalda ainda magoa. As memórias ainda a atormentam e voltar à escola onde tudo aconteceu é como se fosse reviver tudo novamente. Mas a professora necessita do trabalho e vai aguentar... o mais que puder.

Espero que tenham gostado!

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Prólogo de "Encontro com o Passado"

Olá, Pessoal!
Aqui está o prólogo do segundo livro "Encontro com o Passado".

Capa do segundo livro
Antes de mais, irei explicar do que se trata este prólogo.
O prólogo é um esclarecimento, uma advertência, ou algum facto que antecede a trama tratada. Vem primeiro que o primeiro capítulo do livro.
Eu precisei de escrever o prólogo para descrever um evento passado, ou seja, que aconteceu antes do tempo do livro.
Este prólogo é muito importante para se entender o final e essa foi a razão para eu o incluir.

Agora sim, já tudo explicado, vamos ao prólogo.

Excerto/trecho do prólogo do livro


Prólogo

A turma do 11º ano estava a ter geografia naquele início de tarde. O professor detestava dar aulas depois do almoço, mas naquele dia era aula de teste. Teste surpresa. Os alunos não tinham estudado. Bem... nem todos. Dyenielle estudava todos os dias. Era uma aluna excepcional e a melhor da turma. Foi a primeira a terminar a prova e pediu ao professor para sair, já que era a última aula do dia. O professor negou, dizendo que queria falar com ela no final da aula. Os colegas foram terminando o teste e saindo, um por um, até ter ficado apenas ela sozinha na sala. Ela e o professor. O homem sentou-se numa cadeira perto dela.
– És uma óptima aluna, Dyenielle, para quem é metade brasileira.
– O meu pai é português. – Explicou.
O professor afirmou com a cabeça e fez uma pausa antes de prosseguir.
– Desejas ter nota máxima?
– Claro. – Ter nota 20 era o sonho desta aluna, mas sabia que era difícil para alguém que não era sobredotado. Para ela fazia diferença ter um 18 ou 20 no final do período. – Mas como?
– Anda comigo.
O professor levantou-se da cadeira e Dyenielle seguiu-o. O homem fechou a porta da sala e encaminhou-se para fora da escola com a aluna um pouco atrás de si.
– Vamos onde?
– Falamos melhor fora da escola.
Os dois aproximaram-se do carro do professor e ele conduziu-os até uma rua abaixo da escola.
– Aqui ninguém nos ouve. – Disse ele, ao parar o carro num parque de estacionamento – Sabes que dar 20 aos alunos é complicado.
Dyenielle lembrou-se de frases de um colega de turma para ela: “Eu sou aluno de vintes e a professora dá-me rebuçados nos intervalos. É presente. Sou o melhor da aula”.
– É como o meu colega. Ele tem boas notas a Educação Fisica. Recebe rebuçados, mas ele diz também que dá algo à professora e ninguém sabe o quê. Achei que fosse uma brincadeira dele.
– Não é. Eu dou-te também rebuçados e os vinte valores, mas precisas de me dar algo.
– Ok.
O professor abriu a sua maleta que continha os seus materiais para as aulas e tirou de lá uma venda.
– Tens de abrir a porta traseira do carro, entrar e pôr isto nos olhos. Se fizeres, dou-te os vinte valores e os rebuçados nos intervalos.
Dyenielle dispensava os rebuçados, mas fez o que o professor disse sem falar nada. Enquanto ela fazia tudo isto, o professor deslizou o seu banco do condutor o mais para a frente possível e saiu do lugar, abrindo a porta traseira do carro e sentando-se no lugar ao lado dela. Trazia um outro pano consigo e uma corda. Dyenielle pergunta algo no momento em que ata a venda atrás da sua cabeça.
– É para procurar algo no seu carro e não quer que eu veja?
Nesse momento, o professor levanta-lhe os braços, pega-lhe nos pulsos, ata-os a uma corda agarrada a um puxador que o carro tinha. Ela não ofereceu resistência, mas parecia surpreendida. Um pouco em choque. Perguntou:
– O que vai fazer?
Quando sente uma mão dele abrindo-lhe o botão das calças percebe, então, o que se passa. Vai ser violada. E agora não há nada a fazer. Ela não tinha por onde fugir. Procura libertar-se e puxa a corda, mas sem êxito.
– É assim que estás a pagar. Amanhã dou-te o rebuçado e a nota 20 no final do período. – Sussurrou ele.
Passam três horas quando tudo acaba. Ele desata a corda e tira-lhe as vendas. Dyenielle massaja os pulsos doridos em silêncio, com o corpo a tremer. Está suada, o rosto completo de lágrimas.
Três dias depois, Dyenielle morreu.

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Postagem de Prólogo e dos três primeiros capítulos de "Encontro com o Passado"

Olá, Pessoal!
Vou divulgar o Prólogo e os três primeiros capítulos do segundo livro "Encontro com o Passado", para quem quiser se "ambientar" com a estória/história.

Capa do segundo livro "Encontro com o Passado"

Fiquem atentos aos próximos dias!

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Dois anos do lançamento do livro A Escola do Terror

Olá, Pessoal!
Foi há dois anos o lançamento do livro "A Escola do Terror" e não podia deixar de avisar aqui no blogue.


Obrigada a todas as pessoas que (até hoje) compraram o meu livro (que passou também a ser vosso) e a todas as pessoas que me acompanharam e acompanham, mesmo aquelas que não conheço pessoalmente, apenas aqui no blogue.

As fotos do lançamento: AQUI.

Obrigada!

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

O Macabro Parque de Diversões

Olá, Pessoal!
Aqui está o meu texto para o Desafio de Outubro.
Espero que gostem!

Informações:
- Desafio de Outubro.
- Sinopse: Três amigos decidem numa noite de Halloween visitar um macabro parque de diversões que apenas abria nesses dias especiais. Tudo o que parecia apenas uma diversão, depressa torna-se em algo mais sério que é capaz de tirar a vida aos que ousarem pisar num chão de terror onde o perigo é constante.


Três amigos aproveitaram o dia 31 de Outubro para irem a um parque de diversões. O parque era conhecido por ser macabro e só abria às Sextas-Feiras, dias 13 e nos dias 31 de Outubro. Naquele ano de Halloween, os três amigos universitários decidiram passar um início de noite no parque. 
Eduardo, o mais destemido dos amigos, era o condutor. 
Anita gostava do Halloween, mas tinha um certo receio quanto a receber sustos. Estava sentada no lugar do pendura e mostrava-se sem medo (embora no seu interior ela se sentisse medrosa). 
Maria Luísa era a mais tímida dos três. Sentou-se num dos dois lugares atrás e encolhia-se contra o vidro do carro.
Maria foi a primeira a avistar a abertura do parque. Assustou-se quando leu o grande cartaz à entrada que dizia : "Bem Vindos ao Macabro Parque de Diversões onde os Pesadelos são Reais".
- Que horror! - Exclamou ela, colocando uma mão no rosto.
O Eduardo riu-se com gosto, enquanto a Anita repetiu-lhe a atitude, porém mais recatada. 
Nada mais falaram até pararem o carro no grande parque de estacionamento. O curioso (ou não) é que não havia nenhum carro estacionado, mas ouvia-se gente no parque. Teriam vindo a pé?
- Ai Meu Deus! - A Maria Luísa mostrava ser a mais medrosa, enquanto saía do automóvel e seguia a passos lentos para a entrada do macabro parque de diversões.
- Toma a chave do carro, Maria. Eu sou capaz de perdê-la. - Disse o Eduardo à amiga. A jovem guardou a chave no bolso das calças, com timidez.
Quando vão a entrar, um homem vestido de monstro aparece repentinamente à frente dos três amigos, o que faz Maria Luísa gritar de pânico.
- A partir daqui só sairão quando quisermos.
Os três amigos olharam uns para os outros. Não tinham entendido o que o "monstro" queria dizer até que, no segundo seguinte, ouvem um estrondo. O carro tinha explodido atrás deles e só restava pedaços de metal.
Só longos segundos depois, o Eduardo perdeu o olhar de choque e perguntou ao "monstro":
- O carro não foi realmente destruído, certo?!
O homem vestido de monstro só encolheu os ombros e afastou-se deles. Os três amigos começaram a sua caminhada não acreditando que era o carro deles que tinha explodido.
Havia vários jogos e partidas, entre eles o "Espaço dos Lobos", "O Escorrega da Morte" e a "Montanha Russa Macabra".
O Eduardo foi o primeiro a tomar a iniciativa.
- O que acham de começarmos pelos lobos?
A Maria Luísa estremeceu, a Anita fez de tudo para não parecer medrosa.
- Ainda podemos ir embora. - Sugeriu a Maria.
- Não sei se sabes, mas o nosso carro explodiu. Pelo menos foi o que vimos. - Disse o Eduardo, contendo o riso. Ele não acreditou que o automóvel tinha mesmo explodido.
Foi o rapaz que as encaminhou para dentro do "Espaço dos Lobos". Depressa os três amigos separaram-se devido ao grupo de pessoas que estava dentro da atividade. Só conseguiriam ver-se novamente quando saíssem do "Espaço dos Lobos".
A Maria Luísa foi a primeira a sair. Não conseguiu parar de tremer enquanto via lobos (que pareciam reais) passarem perto dela a correr.
O Eduardo aproximou-se da amiga alguns minutos depois.
- Não é um jogo muito bonito. Pareciam cães a correr até nós. Vamos visitar outro. - Disse ele, agarrando o braço da amiga.
- E a Anita?
- Ela já vem ter connosco.
A tímida foi literalmente arrastada pelo braço.
Os dois amigos chegaram à entrada do jogo "O Escorrega da Morte". Esse escorrega e a "Montanha Russa Macabra" eram duas atividades perto uma da outra. As pessoas sairiam do escorrega já dentro do jogo da Montanha Russa. Tudo para quem gostava de velocidade!
- Fixe! - Exclamou o Eduardo, parando perto de um escorrega.
Uma placa ao lado dizia: "Cuidado! Podem escorregar para a vossa morte". A Maria Luísa tremeu.
- Não devíamos esperar pela Anita?
- Vamos lá! Encontramo-la quando sairmos desta atração.
O Eduardo sentou-se num dos escorregas e esperou que a amiga fizesse o mesmo. A Maria, a custo, lá se sentou no escorrega. A jovem podia crer que ouvia gritos de miúdos enquanto escorregavam. Segundos depois, viu um homem vestido de monstro que a assustou.
- Escorrega-se com velocidade até perto da montanha russa? - Perguntou a rapariga ao "monstro", depois de se recompor do susto.
O homem respondeu afirmativamente com a cabeça, mas prosseguiu.
- Mas não escolham o escorrega da morte. Podem realmente morrer!
"O homem não está a falar a sério. Ou estará?" - Pensou Maria Luísa. O Eduardo pareceu não se importar e desceu o escorrega sem mais nada dizer à amiga.
- Eduardo! - Gritou ela, chamando-o.
Como não obteve resposta, só respirou fundo e atirou-se do escorrega abaixo. Talvez saísse viva dali.
O Eduardo tinha escolhido o escorrega número 4, enquanto a Maria Luísa tinha escolhido o escorrega número 5. Talvez o número ímpar desse mais sorte, porque ela saiu sã e salva do escorrega. Tirou a poeira das pernas e olhou ao redor. Estava, literalmente, já dentro da atração da montanha russa.
Repentinamente, lembrou-se do amigo. Ele não estava ali com ela. Mas escorregou mais cedo que ela.
A jovem aproximou-se de uma mulher vestida de bruxa e perguntou:
- O que aconteceu com o meu amigo que escorregou aqui comigo?
A mulher encolheu os ombros, sem saber o que dizer.
- Talvez ele tenha escolhido o escorrega da morte!
- Mas e a minha amiga que não apareceu desde que saímos do jogo dos lobos?
- Ela pode ter sido comida por um deles. - Respondeu a mulher, sem parecer alarmada.
- Mas isso é impossível! Isto é um parque de diversões. Temos que sair vivos!
- Não necessariamente. - Falou a mulher, afastando-se da jovem.
Nesse momento, um homem vestido de monstro aproxima-se da Maria.
- Podes experimentar a Montanha Russa Macabra. Faz o sentido inverso do Escorrega da Morte e podes encontrar o teu amigo. - Sugeriu.
A Maria, mesmo nervosa e com receio, agradece ao "monstro" e decide entrar na atração. Uma grande placa estava à entrada. Dizia: "Fora de Serviço - Atreva-se a Voar".
- Ai Meu Deus! - Exclamou ela, rezando para que esta brincadeira acabasse.
Sentou-se numa das cadeiras de dois lugares e apertou o cinto.
- Vamos ver se não acabo morta. - Disse ela, fechando os olhos quando percebeu que a montanha russa ia começar a mover-se novamente.
Foram cinco minutos de tormento... mas a jovem saiu viva da atração e começou a procurar o amigo. Segundos depois, recebe uma mensagem no seu telemóvel. Era a Anita. A rapariga pulou de felicidade.
- Finalmente!
Quando lê o conteúdo da mensagem o seu rosto muda repentinamente de expressão.
A mensagem dizia:

"Estou no Escorrega da Morte número 4. Vem até mim! Desce!"

- Oh Meu Deus! Porquê? - Questionou-se ela, em voz alta.
A Maria Luísa aproximou-se do escorrega número 4. Uma mulher vestida de bruxa e um homem "monstro" aproximam-se dela.
- Faça boa viagem! - Desejam ambos.
A jovem faz um ar inquisidor. Não entendeu o que eles tinham dito. Como assim? Boa viagem?
A tímida rapariga sentou-se no escorrega, respirou fundo e atirou-se. Lançou um grito agudo quando começou a escorregar. Este escorrega metia mais medo que o número 5, aquele por onde ela tinha escorregado minutos antes.
"Já deve estar a acabar a descida" - Pensou ela, segundos depois.
Mas não. O escorrega não tinha fim. Era realmente enorme.
A jovem fechou os olhos, com medo. Só os voltou a abrir quando sentiu que caiu de rabo no chão.
Misteriosamente, tinha saído no parque de estacionamento do parque de diversões.
- Mas? - Questionou-se.
O automóvel do amigo estava ali e ela, apressadamente, aproximou-se do veículo. Parecia estar intacto, mas não tinha explodido quando chegaram?
Abriu a porta do lado do condutor e sentou-se no banco fechando a porta atrás de si. Abriu o porta luvas do carro à procura de algo que revelasse que algum dos amigos esteve ali. Estava um recorte de jornal além de outras coisas sem importância para ela. A jovem pegou no papel e leu-o.

"O Parque de Diversões Macabro está suspeito de matar vários adolescentes na altura do Halloween..."

- O quê? - Alarmou-se Maria.
Nesse momento, o carro realmente explode e... sim, Maria não sobreviveu, assim como Anita e Eduardo.


Espero que tenham gostado!
Isto daria para uma estória (ou história) maior. Talvez pense nisso futuramente!

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Personagens de "Encontro com o Passado"

Olá, Pessoal!
Chegou o momento de vos revelar a diferença em algumas personagens da versão blogue e da versão livro.

Capa do segundo livro

- O livro "Encontro com o Passado" foi "inspirado" no projeto "Encontro com o 666", que se encontra postado na totalidade no blogue;
- As personagens Diana e Patrícia do livro "A Escola do Terror" "foram parar" ao segundo livro para uma continuação (não digo que terão outras, mas essas estão na sinopse);
- Algumas personagens tiveram as suas "vidas" mais aprofundadas para construir um maior mistério em volta do assassino do livro;
- Personagens como Pedro Magalhães, Andreia e as acompanhantes de luxo tiveram um cuidado mais especial no livro;
- A história de vida de algumas personagens foi alterada, dou o exemplo do personagem Pedro Magalhães, no livro o personagem é filho da amiga da agente, diferente da versão blogue em que o personagem é amigo dela. A idade do Pedro Magalhães é alterada no livro.

Estas são algumas das alterações que o livro possui. Mais alterações que nas duas versões do primeiro projeto.

Novas informações em breve!

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Desafio de Outubro

Olá, Pessoal!
O Desafio de Outubro já foi divulgado na página Ficwriter Facts e é envolta do tema do Halloween: Um conto de terror.

Estou a escrever e talvez o desafio fique concluído. Com sucesso ou não ainda é uma incógnita!
Normalmente, as minhas inspirações para escrever terror só acontecem quando não é época para isso, ou seja a probabilidade de estar bom é pouco satisfatória.
Contudo, espero que vocês gostem do que já estou a preparar para escrever. Pelo menos, alguma base eu já tenho!

Em breve terão o conto postado!

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Sinopse de "Encontro com o Passado"

Olá, Pessoal!
Chegou o momento de vos divulgar a sinopse do segundo livro "Encontro com o Passado".

Contracapa de "Encontro com o Passado"

Sinopse de "Encontro com o Passado":

21 anos passaram após aquele 9º ano infernal. Hoje, Patrícia é professora e tem a infelicidade de regressar a esse estabelecimento escolar onde completou o ensino básico. A escola continua a ter fama de problemática, os assassinatos não terminaram e as memórias não param de atormentar Patrícia.
Ao voltar, ela reencontra a antiga colega, Diana, que hoje trabalha como detetive e que está a tentar resolver os homicídios.
À medida que os cadáveres vão surgindo, as duas descobrem que tudo leva aos seus antigos tempos no último ano de ensino básico. E, antes que ocorra mais uma morte, as antigas colegas percebem que têm que arriscar a própria vida para descobrir o mistério.

O que acharam?!

Novas informações do livro em breve!

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Agradecimentos no livro "Encontro com o Passado"

Olá, Pessoal!
No primeiro livro, "A Escola do Terror", não coloquei agradecimentos, mas neste segundo livro coloquei os nomes de todas as pessoas que têm me apoiado durante estes anos de blogue e também àqueles e àquelas que me ajudaram durante o processo de criação e lançamento dos dois livros.

Vou então por partes:

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Além da família, ainda escrevi mais alguns nomes.

- Começo pelos meus amigos mais próximos, Elisa Rodrigues e Inês Caeiro. A primeira, alguns de vocês já conhecem, é a autora do livro "A Chave Verde".
- Aos meus colegas de turma que foram a minha maior inspiração.
- À Anna e ao Cristiano, dois autores brasileiros, que me deram algumas dicas para a capa do livro.
- Ao Pedro Magalhães, Ana Catarina e Ana Carretas que estiveram a ver mais de perto o processo de criação da obra.
- À Sílvia e ao Vasco por fazerem parte do Fãs da Diana, uma página e um blogue que tem juntado todos os meus leitores.

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E não esqueço dos meus leitores brasileiros:

- A Nanda Carol que foi a primeira brasileira a comprar o meu livro e que eu agradeço por continuar desde o blogue até hoje a apoiar-me.
- À Catharina Bianchi pelo apoio desde 2010 (ano em que conheceu o blogue).
- À minha colega/parceira de escrita Letícia Alvares que sabe de perto como eu decido matar personagens!
- À minha capista do blogue, Daniele Ferreira (não tenho nada mais a acrescentar. Está bem óbvio!).

E não esqueço os meus leitores, todos eles, de seguidores antigos a recentes. Todos vocês desse lado que estão a ler.
Sem vocês não seria possível!