sexta-feira, 22 de maio de 2015

Capítulo 14 - O Culpado (Penúltimo)

(Observação da autora no dia 05/10/2018 - Corrigi possíveis erros ortográficos deste projeto chamado "Memórias Aterradoras". Já é possível relê-lo de forma mais adequada. Não sei se será lançado em livro algum dia, mas não alterei qualquer palavra ou enredo, apenas erros).

Capítulo 14 - O Culpado

O Bruno e o César caminhavam pelas ruas daquelas terras.
– Amigo, acreditas mesmo que eram os cadáveres da Raquel e do Simão? – Perguntou o Bruno.
– Não é possível.
– Também acho que não. Elas estavam a brincar.
– Mas elas estavam com um ar apavorado.
O Bruno mudou de assunto.
– Sou o único que estou aflito para urinar?
O César riu-se.
– Na verdade não. A cerveja tem destas coisas. Vamos ali para aquelas árvores. É o bom de sermos homens! – Disse.
Os dois afastaram-se... não voltaram a reencontrar-se.

O João Paulo continuava à procura da Monalisa, que também tinha desaparecido. A noite já se tinha instalado e ele foi obrigado a andar de lanterna pelas ruas. Entrou no local onde tinha ocorrido a festa e viu os cadáveres da Raquel e do Simão. Colocou a mão nos lábios, apavorado. Nesse momento, o velho aparece à sua frente e o João Paulo deixa cair a sua lanterna, graças ao susto.
– Tu já viste o espírito! Tu sabes do que falo! – Disse o homem, empurrando-o contra a parede e apontando uma faca a ele.
– O que é que fez à Monalisa? Largue-me! – Disse ele, tentando escapar.
A Monalisa apareceu por trás do velho com uma foice, um instrumento para cavar a terra.
– Largue-o! Tu não vais matá-lo! – Disse ela.
O João Paulo afastou-se do velho e tentou agarrar a foice.
– Agradeço, mas acho que devias ter cuidado com isso! – Disse ele para Monalisa. Ela continuou a agarrar a foice.
– Achas que ela é inofensiva? O espírito chama! – Disse o velho.
– Eu vou chamar a polícia. – Disse ela.
– Não! Vai ele! Tu ficas aqui a vigiar-me com essa foice – Começou o velho – Duvido é que continues com isso!
O João Paulo olhou para o homem como se fosse louco. E virando-se para a Monalisa:
– Eu venho já! – E saiu.
O homem agarrou na foice dela e a empurrou contra a parede.
– Tira esse espírito dentro de ti! Ele está lá dentro!
Ele tirou uma faca do seu bolso e tentou apunhalá-la. A Monalisa dá-lhe um pontapé e, enquanto o velho se queixava, ela agarrava de novo a foice que tinha sido atirada ao chão. Espetou a foice no peito dele, já sob o olhar do João Paulo. Depois do velho realmente morrer... silêncio!
– Acabou! – Disse ele, segundos mais tarde.
Ela respirou fundo.
– Acabou. – Repetiu ela, abraçando-o.


Fim do Capítulo 14.

domingo, 17 de maio de 2015

6 anos de blog

Olá, Pessoal!
Vocês não fazem ideia do quanto estou feliz por saber que hoje, 17 de Maio, o blog completa seis anos de existência.

Em seis anos muita coisa já passou, leitores e seguidores vieram e foram, alguns escritores que tinham blogs excluíram os seus blogs e eu, espantosamente, continuo com este blog ativo, às vezes com poucas visualizações, outras vezes com mais visualizações, mas sempre por aqui a sobreviver.
Parece algo ridículo mas, nos dias de hoje, manter um blog ativo por seis anos é um trabalho árduo. E não falo só a nível de tempo do autor! Psicologicamente, a pessoa fica extremamente esgotada por pequenas coisas: quando as visualizações descem, quando o número de comentários começa a baixar, enfim... tudo isto faz a pessoa pensar em excluir o blog, mas eu nem por isso o fiz e já passei, talvez, mais que duas vezes por isso.

Mas fico feliz por saber que continuo aqui, vendo leitores novos e esperando pelos leitores antigos, vendo o Blogger a mudar a cada dia que passa (infelizmente, para pior!), vendo os blogs antigos a serem excluídos e o Mundo Blogger a ficar cada vez mais escuro. Mas isso não me vai deter porque enquanto existir antigos autores no blog, por muito poucos que sejam, ainda fazem a diferença!
Agradeço a todos que me apoiaram nestes seis anos, aqueles que tiveram sempre comigo, aos poucos antigos leitores que ainda tenho que viram o blog crescer, assim como eu, e agradeço também aos meus novos leitores por continuarem nesta minha nova jornada comigo.

Estes seis anos de blog não servem só para mim ou para ajudar os novos escritores a não excluírem os seus próprios blogs, mas sim também para os antigos escritores cujos blogs eu vi, infelizmente, desaparecer. Por favor, regressem e mudem o Blogger, pois só assim podemos mudar o mundo a preto que se está a formar.

Beijos e obrigada!

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Capítulo 13 - "Eles morreram!"

(Observação da autora no dia 05/10/2018 - Corrigi possíveis erros ortográficos deste projeto chamado "Memórias Aterradoras". Já é possível relê-lo de forma mais adequada. Não sei se será lançado em livro algum dia, mas não alterei qualquer palavra ou enredo, apenas erros).

Capítulo 13 - "Eles morreram!"

Enquanto cada vez mais anoitecia, mais as situações estranhas ocorriam. O Bruno e o César apresentaram o seu último jogo, que teve a "aparição" do tal velho que se dizia dono do terreno.
– Vocês nunca mais param com essa brincadeira?!
Foi com esta frase que ele apareceu com um olhar cortante e afastou-se logo de seguida.
– O que diabos foi isto? – Perguntou o André, engolindo em seco.
– Está doido! É um psicopata! – Exclamou o Bruno.
– Isto é demasiado louco para mim. Já chega de festa. Vou-me embora daqui! – Disse a Luísa.
– Também eu. – Falou a Cátia.
– Não sejam paranóicas. Era só um homem! – Disse o André.
– Paranóicas? – Começou a Luísa – Não têm olhos? Estão doidos! Aquele louco entrou aqui de meter medo! Fiquem se quiserem. Eu vou-me embora.
– E a Raquel? – Perguntou o André.
– O quê?
– Não a podem deixar aqui.
– Provavelmente deve andar por aí. – Disse o César.
– Sim, e o Simão também. – Acrescentou o Luís.
– Também não o viste? – Perguntou o André ao amigo.
O Luís negou com a cabeça.
– Onde é que estás, "anjo de Charlie"? – Gritou o Bruno.
– Podes ser sério durante 5 minutos, pelo menos? – Perguntou a Luísa ao Bruno.
Ele aproximou-se da Luísa.
– Quanto tempo disseste?
– Porque não cresces?
– Não quero. Queres brigar?
– Ei, calma! Sem discussões! Vamos fazer o seguinte: Iremos lá fora procurar a Raquel e o Simão, depois voltamos todos aqui e quem quiser ficar, fica, quem quiser ir, vai. – Disse o André.
Todos afirmaram e saíram, separando-se cada um para um lado.

– Viste-a? – Perguntou a Luísa, vendo a Cátia, minutos mais tarde.
– Não, ainda não. – Respirou fundo – Não posso crer que ela tenha feito isto connosco.
A Luísa riu-se.
– Sabes que ela fez ao André?
– O quê? A sério?
– Sim. Ouvi ele a falar ao Luís e ao Simão.
– Pois, também estou à procura do Simão. Onde é que ele se meteu?
A Luísa parou de andar. A Cátia, que estava distraída ainda a rir, percebeu mais tarde que a amiga tinha parado.
– O que se passa?
– Aquilo ali é uma cabana? – Perguntou, a apontar.
A Cátia seguiu o dedo da amiga e avistou também a pequena casa.
– Temos vizinhos aqui? – Perguntou a Cátia.
– Parece que sim. Talvez eles saibam onde está a nossa amiga.
Elas aproximaram-se da pequena casa e de seguida olharam-se.
– Quem vai abrir a porta? – Perguntou a Luísa.
– Tu. – Respondeu a outra com medo.
– Abro eu. – Disse a Luísa.
– E se estiver alguém lá dentro?
A Luísa respirou fundo e simplesmente abriu a porta. Levou um choque quando viu a Raquel e o Simão a caírem em cima dela, mortos. Ela quase sem pele e ele, sem cabeça. Ambas gritaram e saíram dali a correr.
Os rapazes ficaram assustados com os gritos delas.
– O que é que aconteceu? – Perguntou o André, que estava ao lado do Luís.
– Nós, nós vimos...
Elas não tiveram capacidade de dizer nada, apenas os arrastaram para perto do Bruno e do César que estavam no local da festa.
– E se tudo isto que nos está a acontecer seja um sonho? Tudo desapareceu, tudo evaporou e nós aqui, abandonados no mundo. – Dizia o Bruno, um pouco bêbado.
– Não, não pode ser.
– Porque não?
– É impossível sonharmos o mesmo. Os outros desapareceram porquê?
– Porque acordaram.
O César olhou para o amigo e sorriu.
– Agora tiveste razão.
Os dois já não se importavam em encontrarem o Simão e a Raquel, estavam completamente bêbados.
– Estás a ouvir alguma coisa? – Perguntou o Bruno, a ouvir os gritos das raparigas.
– Eles morreram! – Gritaram elas, quando já estavam perto deles.
– Quem? - perguntou o César, assustado.
O André e o Luís trocaram olhares.
– Vocês têm a certeza disso? – Perguntou o André.
Elas arrastaram-os para a pequena casa, onde tinham visto os dois. Nada! Eles já não estavam lá.
– Mas... mas... nós não estamos malucas! Nós vimos os dois mortos. O Simão estava sem cabeça e a Raquel estava... estava... – Dizia a Cátia.
– Estavam mesmo aqui.
– Pois já não estão. – Disse o Bruno, parecendo pouco preocupado.
– Pára de beber, idiota! Larga essa cerveja! – Revoltou-se a Luísa, atirando a garrafa de cerveja da mão do Bruno e atirando-a para o chão.
– Oh! A minha cerveja! – Exclamou ele, baixando-se para apanhar a garrafa.
Ela colocou a mão na cabeça e virou-se para o André e para o Luís.
– Eles estavam aqui! Eu não iria mentir.
– Poderiam estar a brincar! – Exclamou o André, não acreditando em nada daquilo.
– Não, não acho que elas brincavam com uma coisa destas. – Defendeu o Luís.
– Por favor! Devemos ir à polícia! – Disse a Cátia.
– Vão vocês. Não vão acreditar. Ninguém vai acreditar. Nós não vimos nada. – Disse o César.
Elas olharam-se desesperadas.
– Isso deve ser brincadeira! – Exclamou o César.
– Alguém os matou! Não é nenhuma brincadeira! – Gritou a Luísa.
– E onde estão os cadáveres? – Perguntou o Bruno.
– Não quero saber, eu vou-me embora. Sem cadáver como dizemos à polícia? – Perguntou a Cátia para a amiga.
– Não sei, só sei que esta festa está muito estranha e que vou-me embora! – Disse a Luísa – Vocês vêm connosco?
O Bruno e o César riram-se.
– Vocês são uns psicopatas! – Exclamou a Luísa.
– Eu vou convosco. – Disse o André.
– Então vamos embora. – Disse a Luísa, levando consigo a Cátia e o André para o seu carro, afastando-se do Bruno e do César.
Os dois amigos riram-se.
– Oh, os cadáveres! – Exclamou o Bruno, a rir.


Fim do Capítulo 13.