Atenção portugueses: Este projeto está escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Capítulo 6
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Está na hora. Fiquei à espera uns minutos na rua da casa da Marina. Vejo-os a subirem a rua à presa. Fiquei um tanto inquieta. Quando eles andam à pressa não é bom sinal, principalmente quando se trata da menina Marina. Estou a ser irónica, obviamente. A única coisa de que ela é menina é do seu nariz. Quando eles me alcançaram, a Marina agarrou-me o braço.
– Anda, nerd, vamos nos divertir.
Ela puxou-me. Por momentos perdi a minha segurança toda. Puxou-me pelo braço durante todo o caminho. Quando presto mais atenção aonde eles me estavam a levar, vejo o colégio. Eles estão loucos? Estava fechado. Estou atordoada com isto tudo.
– Onde tens a chave? – Perguntou a Marina ao Ricardo.
Eu não estou a acreditar! Ele traz a chave do colégio! Eu sabia que isto ia correr mal. Ele abre a porta e lá vou eu arrastada de novo. Se eles me vão trancar no colégio? Eu pensava que sim, mas na verdade não. Eles entram e encostam a porta. Tiram vários frascos nas malas que traziam. Não acredito! Vão grafitar! Isso dá expulsão. Gritei, mas eles não me deram ouvidos.
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Já passaram 30 minutos e eles ainda com isto. Sentei-me num canto, embora eu ter a certeza que seria cúmplice. Nada que eu me admirasse, a nerd paga sempre. Tudo estava “bem”, quando se ouve a buzina dos carros da polícia. Todos começaram a fugir. Eu tive uma reação tardia, mas também me levantei e comecei a sair.
– Nerd, espera por mim. – Disse o Ricardo, enquanto corria para me alcançar.
Eu tornei-me justa. Como trazia a chave comigo, só lhe disse:
– Não! Não vou esperar por ti.
E virei-lhe as costas, tal como ele fez a muitos amigos meus do colégio.
Fim do Capítulo 6.