(
Observação da autora no dia 11/09/2018 - Corrigi possíveis erros ortográficos deste projeto chamado "A Escola do Terror I". Já é possível relê-lo de forma mais adequada. Não alterei nada no enredo, porque é apenas a versão blogue. A versão em livro encontra-se na página "Livros" ).
Os alunos e os professores foram todos ao pátio e o director, assim que viu que estava toda a gente, começou a falar:
– A professora de F.Q, Gabriela, morreu com uma overdose. Parece que a professora suicidou-se, mas ainda não temos a certeza. Não há impressões digitais no frasco e o frasco que a policia descobriu estava vazio. Estas são as novidades que tenho. Podem ir para as aulas.
Dizendo isto, o director retirou-se e os alunos e professores foram para as aulas. A turma do 9º C iria ter Geografia na sala 1. O Gonçalo, o Bernardo, o José, a Diana, a Mafalda, o Tiago, o Luís, a Márcia e a Juliana não estavam a acreditar no que tinham ouvido. Se a professora morreu com uma overdose, então o Ricardo não a podia ter matado. A Juliana, não aguentando mais ficar calada, não resistiu e perguntou ao Ricardo:
– Tu não mataste a professora pois não?
O Ricardo inventou uma desculpa.
– Tu achas que a professora se drogava?
– Talvez.
– Respondeu a Juliana.
– Quem achas que lhe deu os comprimidos para a professora ter uma overdose?
– Perguntou o Ricardo.
– Mas tu não a mataste.
– Disse a Juliana.
– Mas dei-lhe os comprimidos.
– Explicou o Ricardo.
– Eu acho que só por causa disso devias ficar em 1º lugar de chefe.
– Disse o Tiago.
– Concordo contigo.
– Disse o irmão, Luís.
– Não.
– Disse a Juliana.
– Eu também acho que não, o Ricardo não matou a professora, quem matou a professora foram os comprimidos.
– Explicou o Gonçalo.
– Isto devia ser assim: Votamos no Ricardo ou no Gonçalo e quem tiver mais votos ganha o 1º lugar.
– Disse a Diana.
– Isso é uma opção esfarrapada.
– Disse a Mafalda, zangada.
– Vendo bem, acho que até não é má ideia.
– Disse o José.
– Concordo com o José.
– Concordou a Márcia.
– Então quem aposta no Gonçalo?
– Perguntou a Diana.
Cinco pessoas puseram o dedo no ar: a Mafalda, o Tiago, o Luís, a Márcia e a Juliana. Ao ver isto, a Diana teve logo a conclusão que o Gonçalo continuaria a ser o chefe do grupo, pois as únicas pessoas que votavam no Ricardo eram o Bernardo, o José e ela.
– O Gonçalo continua a ser o chefe.
– Disse a Diana.
– Vamos para a aula.
Eles foram para a aula de Geografia. Quando entraram na sala, viram que o professor já se encontrava dentro. Sentaram-se e começaram a seguir a aula. O professor António falou da matéria do ano passado o que deixou muitos alunos a bocejar. Mas o Bernardo tinha como se divertir: trocava olhares com a Carolina, falava com ela por papéis, etc. Quem não estava a fazer nada para se divertir era a Inês que brincava com a borracha e bocejava sempre que o professor virava-se para o quadro.
O professor estava em pé, a andar para a direita e para a esquerda como se estivesse numa passagem de modelos e fazia sempre gestos com as mãos enquanto falava. A aula parecia arrastar-se durante mais tempo do que as restantes. Seria por o dia estar prestes a terminar?
O Diogo olhou para a Inês e a Inêsm ao notar que ele olhava para ela, sorriu-lhe. Ele retribuiu o sorriso.
Nesse momento, a campainha tocou sobressaltando os alunos que estavam a bocejar. O Bernardo e a Carolina foram os primeiros a sair da sala. A Diana arrumou depressa os livros na mochila e seguiu-os. O Bernardo e a Carolina estavam a encaminhar-se, com passo apressado, para a casa de banho das raparigas. Havia duas, mas uma não era muito usada. Claro que eles optaram pela que não era muito usada. Entram dentro da casa de banho e começam a falar muito perto um do outro.
– O que é que querias dizer-me?
– Disse a Carolina.
– Queria pedir uma coisa tradicional. A única coisa que não está aqui é o teu pai.
– Disse-lhe ele.
– O que é?
– Perguntou-lhe ela, a sorrir.
– Queres namorar comigo?
– Perguntou o Bernardo.
A Carolina feliz, disse:
– Sim.
A Diana, que estava a ver aquilo, quis travar o momento que, de certeza, vinha aí. Tirou uma moeda do bolso e atirou-a para dentro da casa de banho. A Carolina e o Bernardo, ao ouvirem o barulho da moeda, separaram-se e o Bernardo olhou para a Carolina e disse:
– Temos de guardar segredo. Eu quero que este namoro seja segredo.
– Pediu ele.
A Carolina sorriu:
– Adoro namoros secretos.
A Carolina saiu da casa de banho e a Diana escondeu-se. Quando viu que a Carolina tinha saído, entrou na casa de banho, apanhou a moeda do chão e falou com o Bernardo.
– Ainda te lembras da condição de eu não dizer a ninguém?
– Perguntou-lhe ela.
O Bernardo e a Diana saíram da casa de banho e o Bernardo respondeu:
– Sim, ainda me lembro.
– Se não fazeres isto durante uma semana já sabes o que vai acontecer, não é?
– Quis saber ela.
O Bernardo olhou para a Diana com cara séria.
– Por que é que fazes isto?
A Diana sorriu.
– Eu não quero que estúpidos como tu entrem no clube.
– O teu problema é o clube?
– Perguntou ele.
– Mas é claro que é. Querias que fosse o quê?
O Bernardo deixou de olhar para a Diana e começou a olhar para o chão.
– Não respondes à minha pergunta?
– Perguntou a Diana.
– Não, porque tu já respondeste à minha.
– Respondeu ele, zangado.
– Então vou-me embora.
– Disse ela, afastando-se dele.
O Bernardo permaneceu imóvel no seu lugar. Ela era tão má. Não era justo. Começou a andar devagar para tentar travar a raiva que sentia.
Fim do Capítulo 10.
Questionário:
1- Gostaram deste capitulo?
2- A Diana ouviu a Carolina dizer "Adoro namoros secretos". Será que este namoro secreto vai continuar por algum tempo?
3- Será que o Bernardo vai cumprir a "pequena" condição da Diana?
4- Porque é que será que a Diana lhe faz estas condições? Será que é só por ele ser estúpido e ela não querer que ele fique no clube ou há mais qualquer coisa?
5- Porque razão o Bernardo ficou zangado?